terça-feira, 8 de setembro de 2009
Um pouco da História de Pelotas
O nome da Cidade originou-se de "pelota", uma embarcação de couro puxada a pé dentro do rio, pelos homens, para atravessar a carga de charque* de um lado ao outro do rio.
A cidade que apresentou uma formação original dentro do Estado, foi no início uma das mais prósperas do Rio Grande do Sul, a partir do dinheiro advindo do charque, que lhe trouxe significativa abastança. Aqui se construiram fortunas sólidas.
Os charqueadores, constituídos pelos criadores de gado, possuidores do poder e econômico, criaram uma arquitetura aristocrática suntuosa.Traziam arquitetos europeus de renome, para construir seus palacetes, formando um conjunto arquitetônico e monumental em moldes europeus. Tanto glamour lhe rendeu o codinome de "Princesa do Sul".
Naquela época, era comum aos abastados, elite charqueadora, nos anos de ouro (século XIX), enviar os seus filhos homens para estudar nos grandes centros culturais da Europa, iniciando um grande intercâmbio de cultura.Quando estes retornavam ao seu berço rude, já devidamente impregnado pela finesse do Velho Mundo, vinham formados em bacharéis ou doutores e com os hábitos totalmente modificados, educados a demasia, sendo muito distinto dos costumes da gente daqui, homens rudes do campo, denominados tropeiros, que pouco se importavam para uma boa educação, ou seja, para o hábito cortês. Seus conterrâneos, que os viam como "sensíveis", e os rotulavam como "maricas", os faziam sentirem-se incompreendidos e delicados demais vindo dai a fama da cidade.
A mulher era comandada pelo homem, enquanto solteira pelo pai e depois de casada pelo marido. Cumpria rigorosas regras de etiqueta, passava a maior parte do tempo confinada em suas residências praticando atividades caseiras, como bordados, pinturas, aulas de música e cozinha. Mulher nobre e de família não podia ser vista perambulando pelas ruas.
*charque era uma carne salgada e utilizada como alimento para os escravos.
Esse texto foi extraído do meu TCC - " EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: O TURISMO COMO FONTE DE CULTURA".
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