quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Longe dos olhos, mas perto do coração

Desde quando amor tem prazo de validade? Talvez aqueles que inventaram as regras de que quando estivermos bem apegados é hora de nos separarmos e cada um seguir o seu caminho, achassem que sim. Ou talvez apenas quisessem fazer a coisa ser mais gostosa. Ainda mais emocionante.
Se era esta a intenção, parabéns, conseguiram. Tem coisas que depois que acabam, dá uma vontade danada de sentir de novo, de conviver novamente. E quando aparece uma oportunidade, eles não desperdiçam.
A vida joga os dados e faz questão de colocá-los em extremos, mas eles são bons no jogo de azar. Pouco importa se são enfermeiros, advogados, policiais, professores, médicos ou jornalistas. O coração vai bater sempre mais forte quando essas chances aparecerem.
Em uma delas o menino que brincava de soldadinho de chumbo vira comandante como gente grande. E os aplausos vindos daquela direção são reconhecidos pelos ouvidos que cresceram apurados por eles. A menina de coração grande, impecável, decidiu seguir a brincadeira daqueles tempos, quando as bolinhas de papel cruzavam os ares. Ela quis ser mestra.
Mas ali estavam todos eles, independente do que viessem a ser, já eram muito mais. Eram amigos. E em noites de gala, o gozador de coração mole se rende à falta de validade do afeto, do amor e do carinho.
O som alto dá o lembrete: Estamos em festa. Em meio ao piscar de luzes, eles são apenas cúmplices. Eternos cúmplices. O que resta a fazer é emoldurar o momento.
Pronto. Chamem as crianças, lhes mostrem o quadro. Temos histórias para contar. Longe dos olhos, mas perto do coração.

Disponível em http://receptaculo.wordpress.com

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