A história da Feira Nacional do Doce
A Feira Nacional do Doce é um importante evento turístico da cidade, organizado desde 1995, pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Pelotas (CDL), tendo por objetivo promover a valorização do nosso principal produto, o doce.
A primeira edição da Fenadoce foi criada pelo poder público, associado a outras entidades, sendo realizada no antigo Campus da Universidade Católica de Pelotas, na estrada do Laranjal, no verão de 1986. Naquele tempo, o evento acontecia de 2 em 2 anos e não possuía um prédio próprio. A Feira realizou-se em vários locais como na Associação Rural, na antiga Fábrica de Fiação e Tecidos, até que em 2000 o sonho de ter uma sede própria concretizou-se. O atual prédio é o Centro de Eventos, antiga fábrica da Cicasul, localizado no entroncamento da Avenida Presidente João Goulart com a BR- 116. Podendo ser acessada também pela BR-392. Conta com um espaço físico de mais de 28 hectares e estacionamento com capacidade para 5 mil carros. Atualmente, o evento acontece anualmente.
A tradição doceira, acredita-se que começou na época do apogeu do charque, pois era de costume, às famílias abastadas da cidade, oferecerem como agrado aos seus convidados, doces finos; durante os saraus realizados nos casarões. Enquanto as pessoas da alta sociedade apreciavam a cultura aproveitavam para consumir deliciosos doces.
As receitas dos tradicionais doces foram trazidas pelos imigrantes portugueses que vieram para o extremo sul do Brasil. Os doces finos, geralmente à base de ovos, como o ninho, os papos-de-anjo, os pastéis de Santa Clara, os bem casados, o pão-de-ló e os camafeus, são delícias que vieram para incrementar o nosso cardápio. Já dos italianos e dos alemães, herdamos a tradição dos doces caseiros, como as compotas (doces em calda), as chimias, as geléias, os cristalizados, e os doces em pastas. Eram preparados em grandes tachos pelas “pretas velhas” que aproveitavam a grande produção de frutas da região, mas faltava o principal ingrediente, o açúcar. No Rio Grande do Sul, a produção de açúcar era escassa, precisando ser importado de outros Estados como Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Pernambuco. Este, chegava pelo porto de Rio Grande e a maior quantidade do produto era trazida para Pelotas, servindo como escambo, ou seja, moeda no pagamento do charque.
Nessa época, século XIX, exportávamos o charque e mantínhamos um intenso contato comercial com a Europa. Através desta prática comercial, a sociedade pelotense conheceu e reproduziu aqui alguns dos costumes requintados praticados pelos modernos países europeus, como frequentar ao teatro e recitais de música. Os charqueadores investiam para modernizar a cidade e desenvolver atividades intelectuais e culturais.
Segundo o historiador Nélson Nobre, a fama do doce ganhou força nos Anos 30, quando a jovem pelotense Iolanda Pereira ganhou o título de Miss Brasil e quando os aviadores das companhias aéreas, Varig e Cruzeiro levaram o doce de Pelotas para diversas regiões brasileiras. Aos poucos, os doces finos atravessaram as fronteiras e ganharam prestígio nacional, aumentando o consumo do produto. E a Princesa do Sul ficou conhecida como “Cidade do Doce”.
Estamos na 18ª edição, e neste ano é o slogan é: “Meu reino por um doce ”. Ocorre no período de 26 de maio a 13 de junho, e excepcionalmente este ano, em razão da Copa do Mundo, o seu início foi antecipado.
O evento, além de ser uma opção de lazer, entretenimento e cultura, atrai todos os anos um significativo número de visitantes e turistas, gera empregos temporários, proporciona um grande volume de negócios, movimentando assim a economia cidade e da região.
Traz como atrações além dos doces, os stands comerciais, gastronomia e artesanato diversificado; shows artístico-culturais.
Na estância Princesa do Sul, um dos pavilhões, ambientado na temática rural para abrigar os shows tradicionalistas, ocorreu a gravação do programa Galpão Crioulo.
Com destaque especial, o desfile temático que foi o ponto alto da festa o ano passado, promete repetir o sucesso novamente. Conta com carros alegóricos, com a presença das soberanas e dos bonecos de espuma em formato de doce. Acontece sempre às 19:30 horas, na parte externa do local.
As formigas gigantes, que já se tornaram símbolo da Fenadoce, encontram-se distribuídas por pontos estratégicos da Feira e em diversos pontos da cidade.
O valor do ingresso para visitação da Fenadoce é de R$5,00 e o doce está sendo comercializado pelo valor de R$2,00 a unidade. Ao contrário das edições anteriores, nesta não será oferecido um doce na compra do ingresso. Com a decisão nada hospitaleira, há um rompimento com o hábito antigo de recepcionar os convidados com doces. Todos perdem, mas o maior prejudicado é a comunidade, que fica sempre em segundo plano nas decisões que envolvem questões financeiras.
A medida tomada revela as reais intenções dos organizadores do evento, focados apenas na questão comercial e esquecendo o propósito da Feira que é a de divulgar a tradição doceira e reforçar a identidade cultural. Componente fundamental para o sucesso do empreendimento.
Para quem gosta de doce, a Fenadoce é o lugar (passeio) ideal.
Espero que tenham gostado e prestigiem a festa!
Até a próxima, grande beijo.
A Feira Nacional do Doce é um importante evento turístico da cidade, organizado desde 1995, pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Pelotas (CDL), tendo por objetivo promover a valorização do nosso principal produto, o doce.
A primeira edição da Fenadoce foi criada pelo poder público, associado a outras entidades, sendo realizada no antigo Campus da Universidade Católica de Pelotas, na estrada do Laranjal, no verão de 1986. Naquele tempo, o evento acontecia de 2 em 2 anos e não possuía um prédio próprio. A Feira realizou-se em vários locais como na Associação Rural, na antiga Fábrica de Fiação e Tecidos, até que em 2000 o sonho de ter uma sede própria concretizou-se. O atual prédio é o Centro de Eventos, antiga fábrica da Cicasul, localizado no entroncamento da Avenida Presidente João Goulart com a BR- 116. Podendo ser acessada também pela BR-392. Conta com um espaço físico de mais de 28 hectares e estacionamento com capacidade para 5 mil carros. Atualmente, o evento acontece anualmente.
A tradição doceira, acredita-se que começou na época do apogeu do charque, pois era de costume, às famílias abastadas da cidade, oferecerem como agrado aos seus convidados, doces finos; durante os saraus realizados nos casarões. Enquanto as pessoas da alta sociedade apreciavam a cultura aproveitavam para consumir deliciosos doces.
As receitas dos tradicionais doces foram trazidas pelos imigrantes portugueses que vieram para o extremo sul do Brasil. Os doces finos, geralmente à base de ovos, como o ninho, os papos-de-anjo, os pastéis de Santa Clara, os bem casados, o pão-de-ló e os camafeus, são delícias que vieram para incrementar o nosso cardápio. Já dos italianos e dos alemães, herdamos a tradição dos doces caseiros, como as compotas (doces em calda), as chimias, as geléias, os cristalizados, e os doces em pastas. Eram preparados em grandes tachos pelas “pretas velhas” que aproveitavam a grande produção de frutas da região, mas faltava o principal ingrediente, o açúcar. No Rio Grande do Sul, a produção de açúcar era escassa, precisando ser importado de outros Estados como Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Pernambuco. Este, chegava pelo porto de Rio Grande e a maior quantidade do produto era trazida para Pelotas, servindo como escambo, ou seja, moeda no pagamento do charque.
Nessa época, século XIX, exportávamos o charque e mantínhamos um intenso contato comercial com a Europa. Através desta prática comercial, a sociedade pelotense conheceu e reproduziu aqui alguns dos costumes requintados praticados pelos modernos países europeus, como frequentar ao teatro e recitais de música. Os charqueadores investiam para modernizar a cidade e desenvolver atividades intelectuais e culturais.
Segundo o historiador Nélson Nobre, a fama do doce ganhou força nos Anos 30, quando a jovem pelotense Iolanda Pereira ganhou o título de Miss Brasil e quando os aviadores das companhias aéreas, Varig e Cruzeiro levaram o doce de Pelotas para diversas regiões brasileiras. Aos poucos, os doces finos atravessaram as fronteiras e ganharam prestígio nacional, aumentando o consumo do produto. E a Princesa do Sul ficou conhecida como “Cidade do Doce”.
Estamos na 18ª edição, e neste ano é o slogan é: “Meu reino por um doce ”. Ocorre no período de 26 de maio a 13 de junho, e excepcionalmente este ano, em razão da Copa do Mundo, o seu início foi antecipado.
O evento, além de ser uma opção de lazer, entretenimento e cultura, atrai todos os anos um significativo número de visitantes e turistas, gera empregos temporários, proporciona um grande volume de negócios, movimentando assim a economia cidade e da região.
Traz como atrações além dos doces, os stands comerciais, gastronomia e artesanato diversificado; shows artístico-culturais.
Na estância Princesa do Sul, um dos pavilhões, ambientado na temática rural para abrigar os shows tradicionalistas, ocorreu a gravação do programa Galpão Crioulo.
Com destaque especial, o desfile temático que foi o ponto alto da festa o ano passado, promete repetir o sucesso novamente. Conta com carros alegóricos, com a presença das soberanas e dos bonecos de espuma em formato de doce. Acontece sempre às 19:30 horas, na parte externa do local.
As formigas gigantes, que já se tornaram símbolo da Fenadoce, encontram-se distribuídas por pontos estratégicos da Feira e em diversos pontos da cidade.
O valor do ingresso para visitação da Fenadoce é de R$5,00 e o doce está sendo comercializado pelo valor de R$2,00 a unidade. Ao contrário das edições anteriores, nesta não será oferecido um doce na compra do ingresso. Com a decisão nada hospitaleira, há um rompimento com o hábito antigo de recepcionar os convidados com doces. Todos perdem, mas o maior prejudicado é a comunidade, que fica sempre em segundo plano nas decisões que envolvem questões financeiras.
A medida tomada revela as reais intenções dos organizadores do evento, focados apenas na questão comercial e esquecendo o propósito da Feira que é a de divulgar a tradição doceira e reforçar a identidade cultural. Componente fundamental para o sucesso do empreendimento.
Para quem gosta de doce, a Fenadoce é o lugar (passeio) ideal.
Espero que tenham gostado e prestigiem a festa!
Até a próxima, grande beijo.
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